A proteção dos pavimentos assume frequentemente um papel central num programa para a sua manutenção, uma vez que aumenta a defesa contra agentes externos, como sejam agressões físicas e/ou químicas, prolongando assim o tempo de vida do pavimento. Para além de oferecer resistência ao desgaste, a proteção do pavimento contribui para a melhoria da sua aparência e permite que as tarefas necessárias para a sua manutenção regular sejam mais eficientes e económicas.
Existem diferentes técnicas para proteger pavimentos. A escolha sobre o método a utilizar depende de vários fatores, tais como o tipo de pavimento, a sua condição atual, os meios disponíveis para realizar a tarefa, a disponibilidade e a experiência dos recursos humanos que lhe são afetos.
Em qualquer caso, antes de proceder à proteção do pavimento é fundamental efetuar a sua limpeza profunda e, caso seja necessário, proceder também à decapagem. Para além de limpo em profundidade, é muito importante que o pavimento esteja completamente seco antes de se iniciar a sua proteção, tendo em vista garantir o resultado esperado do tratamento a aplicar.
Uma das técnicas comuns para a proteção de pavimentos, em especial os porosos ou muito degradados, corresponde à aplicação de selante, uma vez que facilita a adesão e permite a redução do consumo das camadas de emulsão subsequentes, para além de aumentar a sua durabilidade.
Já a aplicação de emulsões confere ao pavimento uma proteção resistente e duradora, facilita a limpeza, incrementa a resistência antiderrapante e melhora a sua imagem (neste ponto convém destacar que existem emulsões com diversos níveis de brilho, de modo a poder corresponder ao pretendido em cada situação).
Em ambos os casos (aplicação de selante ou de emulsão no pavimentos) o utensílio a utilizar pode ser uma mopa, um balde e uma esfregona ou um aplicador de emulsões.
Os pavimentos de pedra, natural ou artificial, também podem ser protegidos através da aplicação de um impregnante. Este método cria, na superfície do pavimento, uma proteção repelente da sujidade que retém os derrames durante um período de tempo relevante, facilitando a sua limpeza. Após a aplicação, que pode ser efetuada com uma mopa limpa, um aplicador de emulsões ou um monodisco de baixa velocidade equipado com disco vermelho, o produto utilizado não altera o aspeto da pedra, respeitando as cores e nível de brilho originais.
No caso específico das pedras calcárias também é possível proteger os pavimentos através da sua cristalização. Para realizar esta tarefa é necessário utilizar um monodisco de baixa velocidade equipado com disco de lã de aço, cuja ação mecânica acelera a reação química entre o carbonato de cálcio da pedra e o ácido do produto cristalizador. Este método produz uma superfície dura e lisa com um alto nível de brilho, sem a criação de película.
É importante referir que, para todos os métodos descritos, a durabilidade da proteção aplicada no pavimento depende do tipo e intensidade de tráfego a que é sujeito e do tipo de sujidade existente no local. Assim, para cada caso específico, será necessário planear a frequência das ações de manutenção e renovação do tratamento efetuado de modo a manter as características pretendidas para o pavimento.